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​Roteiros de Viagem

Viagens que Fizemos e que Faremos

Ouro Preto

Era uma quinta-feira, dia 26 de abril. Na véspera, tínhamos ido à Bordeaux, cantinho super especial de Itaipava, onde são servidos os melhores vinhos da serra. Encontramos com nossos queridos amigos, Afonso, Patrícia, Paulo e Cláudia, parceiros de bons vinhos e de ótimas conversas nas quartas-feiras à noite, desta vez para comemorarmos o meu aniversário. Meu xará, Afonso, é também parceiro de estrada, "licenciado" em razão de um grave acidente com sua Marauder. Ansiamos pela sua volta ao circuito!



Bia ainda estava apreensiva, porque nunca tinha viajado de moto, a não ser passeiozinhos rápidos aqui e ali. Tinha passado quase um mês pensando na mala, preocupação quase unânime entre as mulheres, que nunca acham que estão levando roupas suficientes. Não cabe na cabecinha delas fazer uma mala enxuta, porque as necessidades são ilimitadas. E tome “look do dia”, e tome vestidinho “casual”, e tome sapatinho e sandalinha...



Fiz com ela um curso relâmpago de como arrumar malas de motocicleta. Temos boa capacidade de bagagem, mas mala de moto é mala de moto. Ela ficou encantada com a boa e velha técnica do “zipeloque”. Não conhece? Ah... é a melhor coisa do mundo! Os saquinhos Zip Lock, vendidos em qualquer lugar, de vários tamanhos, fazem milagres. Compre alguns, coloque as roupas dobradas e passadas, “sugue” o ar com aspirador de pó e zipe. Pronto. Em cada saquinho cabem três ou quatro camisetas, vestidinhos e etc, e o pacote fica fino como folha de papel... cabe muita coisa onde, normalmente, caberia pouca. E tudo chega no destino passadinho e pronto para usar.



Pouco vinho nas taças, boa noite de sono e, às 08:30h do dia seguinte, estávamos zarpando, depois de “checklistada” a moto. O céu estava carregado na saída, algo incomum para os dias de outono. Mas vestíamos cordura de boa cepa e o forecast para MG era razoável.



Emproamos a moto rumo à Belo Horizonte, buscando manter um cruzeiro de 120 km/h, velocidade mais do que segura, considerada a qualidade do trecho e a excelência da motocicleta. Pista única, ótimo pavimento, sinalização perfeita... iniciamos uma conversinha pelos intercomunicadores e já já estávamos no primeiro pedágio. Pé esquerdo no chão (se colocar o direito vai comprar terreno, porque o acúmulo de óleo na cabine não deixa parar nada em pé), pagamos a tarifa e mais trecho em cruzeiro. Aqui, uma dica: deixe o dinheirinho do pedágio pronto, contado e separado em local de fácil acesso. Tirar a luva para contar dinheiro... nem me fale.



Exatos 50 minutos depois, passávamos por Juiz de Fora, já com o tempo um pouco melhor. A partir daí a concessão termina e a pista piora, bem como o ritmo. Chegamos então em Barbacena, para uma parada para o café. Quinze minutos exatos no cronômetro e seguimos em frente. Passamos por várias cidadezinhas até chegar em Congonhas, onde fizemos a conversão para Ouro Branco. Na verdade, pelo briefing inicial, iríamos parar em Conselheiro Lafayete para o abastecimento, mas a moto estava rendendo bem e ainda havia boa margem de combustível. O GPS  dessa moto calcula quando é hora de reposição de gasolina e nenhum info havia sido emitido a respeito. Por cautela, fiz o crosscheck com o marcador de combustível e constatei que, de fato, havia ainda boa margem.



Da BR 040 eu havia avistado um posto de gasolina que presumivelmente seria na estrada para Ouro Branco, de acordo com as informações de GPS. Também presumivelmente era um Posto Shell. Mas não era. Tratava-se de um posto “tabajara”, de péssimo aspecto. Minha Gorducha só bebe do bom e do melhor e jamais eu pararia ali. Daí a necessidade de ir a Ouro Branco abastecer, cerca de 8 km para frente, e depois voltar para seguir a estrada que vai à Ouro Preto. Também seria a oportunidade de dar uma volta pela cidade e conhecer mais um lugar. O sol ainda estava alto e não faltavam tantos km para o destino final.



Paramos a moto, abastecemos, conferimos a calibragem dos pneus e fomos para o café. Eram cerca de 14:00h e começamos a papear com o frentista, mineirinho da melhor qualidade. Papo vai, papo vem, e ele perguntou para onde estávamos seguindo. Respondemos e ele perguntou: “ocês vão pela Serra do Deus Te Livre?” Bia se adiantou e respondeu que “de jeito nenhum, ainda mais com um nome desses!” E eu logo emendei que “claro que sim! Por onde é?”


Informações prestadas pelo nosso amigo e partimos. Para a nossa alegria e surpresa, a Serra do Deus Te Livre é a mais bela serra por que passamos! Toda asfaltada, íngreme e muito serpenteada, vai da mata fechada aos campos de altitude em pouco tempo. Depois viemos a saber que ela faz parte da Serra do Espinhaço. Estava explicado!



Após esse espetáculo todo e uma viagem segura e agradável, chegamos na encravada Ouro Preto. Vindo pela serra, avista-se a cidade de cima. E é majestosa a imagem: aqueles casarios preservados, no meio da montanha, com a tarde de sol que estava fazendo naquelas bandas...uma beleza mesmo. Quando Bia viu a cidade, exclamou: “Ué! Mas já?!” Depois de quase 400km e 06 horas, reclamar que já acabou? Que baita estímulo para a minha ida ao Atacama!



O Garmin Zumo nos levou certinho ao hotel Solar do Rosário, outro espetáculo à parte. Check in feito, malas no maravilhoso apartamento e banho rápido, fomos ao centro para o reconhecimento. A cidade é muito preservada, cheia de gente jovem e de turistas estrangeiros, mas as ladeiras... ufa!



Não tínhamos almoçado ainda, então encontramos um restaurante que funciona num sobrado muito transado, chamado O Passo. Lá experimentamos a cerveja Ouropretana. O aspecto é turvo, mas o sabor, muito bom. De lá, fomos à Praça Tiradentes e demos uma voltinha no entorno. Lojinhas de artesanato e ourivesarias são imã para as mulheres, então... seja feita a sua vontade. À noite, jantamos no hotel mesmo, pois tínhamos indicação do restaurante, aliás, muito bom. Chama-se Senhora do Rosário. Brindamos com um bom vinho e fomos dormir.



No dia seguinte passeamos muito pela cidade, visitamos tantas igrejas quanto foi possível, as obras do Aleijadinho que são realmente magníficas e também o Museu da Inconfidência. Para mim, o ponto alto da viagem. Totalmente interativo, é coisa de primeiro mundo! Vale muito a pena. Na saída, uma lojinha muito legal com souvenirs relacionados com a Inconfidência. Aproveitamos e compramos várias lembrancinhas para as crianças. De longe, de quase toda a cidade, se avista o Pico do Itacolomi, marco que guiava os Bandeirantes em suas expedições. 



Hora de procurar um lugar para o almoço. Resolvemos abusar e comemos na Casa do Ouvidor. Comida mineira da boa e da farta.



Mais um dia na cidade e decidimos fazer o trajeto de Maria Fumaça entre Ouro Preto e Mariana. Devagar demais, mas as paisagens compensam o tempo. Fomos no vagão panorâmico, um pouco mais caro, mas todo de vidro. Em Mariana conhecemos a praça principal, algumas igrejas e já estava de bom tamanho.



Hora de ir para a Mina da Passagem, outra atração bem interessante, ainda em Mariana. É literalmente um buraco no chão, no qual entramos por meio de um trolley velho, de madeira, enferrujado e com o pior aspecto do mundo. Mas nunca houve nenhum incidente. Não seria na nossa vez que aconteceria, não é mesmo? Descemos, descemos, descemos e nada de chegar no final. Quando chegamos, nos impressionamos com a grandiosidade dos salões esculpidos pelo sofrimento dos escravos e pela ganância da Coroa Portuguesa. A mina também tem um imenso espelho d'água muito azul, onde se costuma praticar o mergulho em caverna, esporte radical de alto risco. É lá que habita, segundo a lenda, o fantasma do Capitão Jack. Sinceramente, não sei o que um fantasma inglês estaria fazendo em terras tupiniquins, enfiado dentro de um buraco escuro, quando poderia estar assombrando castelos espetaculares na sua terra natal, but, anyways...



Voltando à Ouro Preto, fomos experimentar o Bené da Flauta, restaurante simpatiquinho com comida apenas correta. O nome vem de um conhecido artista da região, já falecido. Caro para o que se propõe, é um lugar agradável, com vista muito bonita e ponto. Depois de conhecer alguns outros monumentos e igrejas - isso há em profusão nessa bela cidade histórica -, já à noite, fomos jantar numa pizzaria também  indicada: Café Geraes. Mais uma vez, não foi como esperávamos. Maldição do Capitão Jack? 



Nossa saída no dia seguinte estava programada para cedo. Assim, resolvemos mais uma vez jantar no Senhora do Rosário, porque esse, sim, vale a pena. A carta de vinhos é de dar inveja a restaurantes das grandes capitais. Escolhemos bom rótulo para fechar nossa incursão nas Gerais. Com o conforto de subir um lance de escadas e dormir em 800 fios!



Na volta, tudo muito tranquilo. Duas ou três paradinhas para a Gorducha tomar o seu energético e nós, o nosso cafezinho e, em algumas horas de estrada boa e livre, chegávamos em casa. Terminar uma viagem tão agradável é frustrante, frustração só superada pela certeza de que a próxima será ainda melhor. Oxalá! (o vídeo desta viagem está na seção catwalks)



Quilometragem aproximada: 800 km

Curvelo

Combinamos a viagem em cima da hora. Soube da esticada que os parceiros de motoclube, Eduardo Salgado e Alfredo "Barrufa" Baumgardt, fariam para o Encontro de Motociclistas de Curvelo no dia seguinte e me integrei ao grupo. Eles sairiam de Miguel Pereira e eu de Petrópolis e marcamos o encontro no Posto Rio Negro, em Paraibuna, divisa do Estado do Rio com Minas Gerais às 07:30h. Pontualmente, os três estavam lá, para o café da manhã.



Após cinco minutos de papo, apontamos as máquinas para a BR 040 e partimos em ritmo seguro. Mais uma vez deixamos Juiz de Fora à direita e mantivemos a proa acertada até Conselheiro Lafayete, onde paramos para o abastecimento. Juntou-se a nós um companheiro de Pirapora, que vinha do Rio para Belo Horizonte. Quando chegamos a Nova Lima, já pela hora do almoço, tinha um camarada empurrando uma Magna ladeira acima, próximo à Lagoa dos Ingleses. Lógico que como bons motociclistas, paramos para o auxílio. Depois de "rebocá-lo" para local seguro, continuamos a viagem, com dia de sol e temperatura amena. Pegamos o anel viário de BH e rumamos para Contagem, onde paramos para mais um abastecimento e almoço, num posto de gasolina com bom restaurante. Quando há muitos caminhões parados, pode ir tranquilo que a comida é boa!



Refeitos da "lombeira", checamos as motos e a bagagem e mais uma vez, pé na estrada. Lembrei que pelo caminho ficava a gruta de Maquiné. Convenci os companheiros que seria um programa legal e então fizemos uma conversão para Cordisburgo. A essa altura, a paisagem já tinha se modificado muito. Da mata densa e das montanhas de minério por que passamos, nada sobrou. Já estávamos na região de cerrado, com sua vegetação rasteira e árvores retorcidas.



A BR 040, como tantas outras no Brasil, é uma rodovia curiosa. Alterna trechos de pista maravilhosa, bem sinalizada e com pavimento ótimo, com outros completamente devastados, cheios de buracos, costelas de vaca, sinalização precária, enfim, um mar de obstáculos. Situação tipicamente brasileira, naturalmente. Depois de Sete Lagoas, foi com esse tipo de pavimento que tivemos de lidar.



Abastecemos mais uma vez em Cordisburgo e pegamos o caminho para a gruta. Uma estradinha bucólica no meio do cerrado, em suave aclive. Nesse trecho, o Eduardo, que vinha puxando a fila, chamou nossa atenção para dois tucanos que sobrevoavam sobre nós. Fizemos a visita e realmente valeu a pena. A gruta é gigantesca, cheia de estalagmites e estalactites formidáveis, salões impressionantes e efeitos de iluminação dignos de produções de Hollywood.



Terminada essa etapa e aceleramos para o destino. Antes de pegar a rodovia principal, o Eduardo avistou uma placa que sinalizava uma estrada secundária para Curvelo. De fato, a quilometragem por aquela estrada diminuía pela metade o tempo para a cidade. Decidimos seguir por ela, uma estrada de terra praticamente em linha reta. Larguíssima e bem batida, parecia a solução de todos os problemas. Iniciamos a travessia e logo, logo, descobrimos porque havia naquele sertão uma estrada tão larga: por ela se escoava grande quantidade de minério em carretas imensas, uma atrás da outra. O resultado foi que viajamos 40 km dentro de uma nuvem de poeira vermelha. Cuspi tijolo por uma semana!



Às 18:30h chegamos em Curvelo, no centro das Minas Gerais. Muito simpática a pequena cidade, com uma bela praça onde se realizava o evento. Fomos para lá direto e encontramos alguns companheiros. Depois da ambientação, cada um foi para o seu hotel, tomamos banho e nos encontramos numa pizzaria, perto da praça para o jantar.



Os amigos de viagem combinaram de ficar na cidade mais tempo, mas eu precisava retonar no dia seguinte. Às 05:00h parti solo de Curvelo direto pela BR, passando por Felixlândia, com paradas apenas para abastecimento. No caminho, próximo a Congonhas, avistei a Hornet vermelha do Cláudio Mancusi, outro parceiro de viagem e de motoclube. Batemos um papo rápido de beira de estrada e cada um seguiu seu caminho. Exatamente às 14:00h estacionava a moto na garagem. 



Quilometragem aproximada: 1.200 km

Bate-Volta ao Sul do ES

Eu tinha comprado um acessório novo para a minha moto e acabado de instalar: raisers para elevação de guidão da Touratech, marca alemã fantástica, que desenvolve várias funcionalidades para motos maxi trail.  Minhas férias já estavam quase no final e já havia viajado para Fortaleza e Paraty. O final das férias é algo quase insuportável! Férias são necessárias, mas o ócio me incomoda demais... então decidi fazer, no dia seguinte, um teste com os raisers para ver se a escápula e o pescoço ficam mesmo aliviados. Ficar em casa mais um dia, sem fazer nada, nem pensar!



Acordei às 06:00 h e preparei a moto, que já estava abastecida e calibrada. Coloquei uma muda de roupa no top case, minha nécessaire com o habitual, a almofada Air Hawk, a GoPro no guidão e setei o GPS. Destino? Santo Antônio de Pádua, no noroeste fluminense, exatos 180 km da origem. Às 07:00h deixava o portão de casa, com o sol de verão começando a dizer ao que viria. Cruzei a BR040 até Três Rios com boa velocidade e estrada vazia. Confluí para a Rio Bahia, operada pela Aciona e... bem... aí começaram meus problemas.



As coisas aqui no Brasil, para melhorem, precisam piorar muito. E com essa estrada não foi diferente. Repleta de caminhões, mão dupla e com dezenas de “anda-para” por cerca de 80 km, esse trecho foi um calvário! O calor estava simplesmente insuportável e quando o trânsito parava (às vezes, por 20 minutos!) a sensação térmica era de 60 graus.



Quando atingi Além Paraíba, fiz a primeira escala. O estado da minha camisa era deplorável. Parecia que tinha sido mergulhada na piscina. Tirei, torci, molhei na água e ... pau na máquina. Peguei a estrada para Santo Antônio, passando por Volta Grande, Estrela D’Alva e Pirapetinga. Nessa cidade, o trânsito é o caos. Carretas e mais carretas passando pelo centro da cidade, por vias estreitas e esburacadas. Leva-se um bom tempo até atingir a via para o destino.



Outra parada em Santo Antônio, outra torcida na camisa ensopada, outro trecho de mais de 80km de asfalto ruim, até Bom Jesus do Itabapoana. Ué!! Mas o destino não era Santo Antônio? Sim, mas cheguei às 11:00h lá. Pensei que pudesse ir mais um tantinho... afinal de contas, não tinha aproveitado nada da estrada.



Ao cruzar Bom Jesus do Norte, já no Espírito Santo, a coisa melhorou um pouco. O piso era bom e o trânsito, menos chato. Belas paisagens ao passar pelo município de Apiacá, com montanhas que nasciam aos pés da rodovia, alagados e rios bem bacanas... mas o tempo começou a fechar... não era o meu dia!



Crosscheck entre as informações do GPS e marcador de combustível e já era hora de parar a Gorda para um gole. A parada aconteceu na lanchonete Trevo, no cruzamento com a BR101, cerca de 80km depois de Campos dos Goytacazes. A temperatura estava absurdamente alta, um calor que nunca tinha sentido antes. Aquele dia deve ter sido o mais quente do ano. Era o inferno na terra...



Entrei na lanchonete e tomei três garrafas de água. Só a Gorda bebeu mais do que eu: cheguei ao posto na taboa da beirada! Mancada braba... sozinho não se anda na reserva de jeito nenhum! Até ali foram exatos 303km rodados. Mas ainda estava cedo e decidi ir além. Se fosse adiante, estaria cruzando a BR101 mais próximo do mar, o que arrefeceria aquela estufa toda. Assim foi. Chegando a Presidente Kennedy, a temperatura estava mais amena de fato.



Aos 380km rodados e sem nenhum ânimo de permanecer sozinho em nenhuma daquelas paragens, já sem sol escaldante – mas ainda quente – decidi retornar. Parei num posto para um almoço rápido às margens da 101 e comi asfalto de novo. Agora seriam mais 380km para trás. Até ali, raisers aprovadíssimos. A fadiga não tinha dado sinal de vida.



Rio Novo do Sul, Presidente Kennedy, Mimoso do Sul, Apiacá, Bom Jesus do Norte, Bom Jesus do Itabapoana, Itaperuna, São José de Ubá, Santo Antônio de Pádua. Mais uma parada, mais gasolina, mais água, limpeza da viseira do Evoline e parabrisa... e tome chão... Pirapetinga, Estrela, Volta Grande...



Chegando a Além Paraíba, lembrei daquele “anda-para” infernal e me preparei psicologicamente para a provação. Depois de 600km, cansado, suado, desidratado, seria mesmo uma provação! Como a torrada sempre cai com a manteiga pra baixo, fui obrigado a parar em todos!



Quando cheguei em Três Rios, decidi passar por Bemposta para evitar o maior dos “anda-para”, aquele em que tinha ficado parado por 20 minutos. Peguei a estradinha, muito ruim, e vim tocando, até ser parado por uma guarnição da Polícia Militar, que cismou que iria revistar minha moto. Conversa vai, conversa vem, os milicianos “entenderam” que não iam revistar coisa nenhuma e me liberaram. Não que houvesse alguma coisa a esconder, mas àquela altura do campeonato, eu não ia perder aquele tempo nem por nada! Queria um banho! Precisava de um banho!



Cheguei em casa quase às 19:30h, cansado, mas sem fadiga nos ombros, braços e pescoço. Afinal, os raisers funcionam!



Quilometragem aproximada: 760 km

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