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Segurança em Primeiro Lugar


1. Ande sempre equipado.



Você já leu e ouviu isso muitas vezes, mas já parou para pensar no que significa? Andar equipado é mais do que usar corretamente o capacete. Olhos, mãos, pés, tornozelos, joelhos, coluna e cotovelos também precisam estar protegidos, seja na estrada ou na cidade, pois a maioria dos acidentes acontece em áreas urbanas. Lembre-se que o clima quente não justifica negligências com a segurança. Para enfrentar o calor procure escolher o equipamento mais arejado que encontrar. Não negligencie o uso da luva. As mãos são as primeiras a sofrerem num evento indesejado.



2. Farol aceso o tempo todo, seja dia ou noite.



Lembre-se de que, a 40 metros de distância, uma motocicleta pode sumir do campo visual do motorista até mesmo atrás do tercinho pendurado dentro do carro. Por isso, muitas vezes você está fora do foco dos motoristas. O farol da moto aceso ajuda a torná-lo mais visível, além de ser obrigatório por lei. Roupas e capacete de cores claras também ajudam.



3. Concentração é fundamental.



A moto é mais rápida e menos visível que os demais veículos. Só isso bastaria para exigir muita concentração. Mas tem outra questão. Ela combina pouca segurança passiva com boa segurança ativa. Trocando em miúdos, em geral a moto tem mais facilidade que um carro para livrar-se de situações difíceis (segurança ativa). Mas se o acidente acontecer (segurança passiva), o piloto estará menos protegido do que o motorista. Para que possa usufruir da segurança ativa, o piloto tem de estar atento o tempo todo. Só assim ele pode usar todos os recursos que a moto possui para evitar acidentes. Até aquele antigo ensinamento, que diz "na dúvida, acelere", só vale se você estiver atento! Por isso, tudo que atrapalha a concentração constitui perigo para o motociclista, principalmente a pressa, o nervosismo, o cansaço e o álcool (nem mesmo meia latinha de cerveja pode!). E lembre-se sempre de que a maior parte dos acidentes acontece nas últimas porções da viagem, tanto na origem quanto no destino. Nestes momentos a atenção deve ser sempre posta à prova. 



4. Pilote de forma defensiva e posturada.



A atitude defensiva no trânsito significa dirigir por você e pelos outros, antecipar-se em relação aos erros alheios e demais riscos. Pense que, uma vez envolvido em um acidente, pouco adianta provar que a culpa foi de outra pessoa. Aí o piloto já estará dentro do gesso (na melhor das hipóteses). Então, aprenda a antever as imprudências e erros dos outros. Mantenha a postura correta em cima da moto. Os braços levemente fletidos e as pernas junto ao tanque, com a coluna relaxada mas ereta. Os pés não devem tocar nem o pedal de freio nem o de câmbio. Se você precisar usar um dos dois, desloque o pé para frente. Andar com os pés sobre os comandos é erro clássico. Mantenha sempre os dedos médio e anelar sobre os manetes, pois assim estarão prontos para qualquer emergência. O dedo indicador sempre deve estar fechando as manoplas junto com o polegar.



5. Conheça as ameaças mais comuns.



Quando você anda de moto, está sujeito a situações de potencial risco típicas desse veículo. É preciso conhecê-las para saber evitá-las. Uma das principais são as freqüentes fechadas que sofremos no trânsito. Muitas vezes os motoristas não têm intenção de fazer isso, eles apenas não percebem a moto por perto. A atitude mais segura é ter sempre o pressuposto de que o motorista não está vendo sua moto. Mantenha margem de manobra. Não se esqueça de outros pequenos imprevistos que, para um motociclista, são uma ameaça. Um pedestre distraído, um cachorro atrapalhado, um pássaro em rota de colisão com a viseira ou fios/cordas atravessando seu caminho podem acabar com o seu passeio. Necessário destacar que existe a praga das linhas de pipa. Uma linha perdida, deslizando sobre a pele, pode ser um susto embaraçoso. Se ela for revestida com cerol, pode ser fulminante. Corta como uma navalha voadora. No caso de cerol, não confie na proteção de materiais como couro ou náilon, só nas antenas corta-linha.



6. Desenvolva o autocontrole.



Acelerar uma motocicleta pode ser tão gostoso e excitante que a prudência pode vir a ser sonegada. Por isso, sem autocontrole você pode ser vítima de si mesmo. Se você gosta de velocidade, escolha locais próprios para isso, onde haja áreas de escape, trânsito em uma só direção e assistência médica de prontidão, ou seja, os velódromos. Estrada é coisa séria e demanda responsabilidade. Lembre-se: participar de corridas e "pegas" em rodovias públicas é CRIME, assim como pilotar expondo os outros a perigo também é.

7. Identifique as armadilhas do solo.



Em cima de duas rodas não tem jeito. Se você for traído pelo solo numa curva, é provável que vá comprar chão. Piso molhado, areia solta, buracos, costela de vaca e, principalmente, óleo na pista. Esses obstáculos podem estar onde você menos espera. Lembre-se que, na curva, o alcance da visão é pequeno. Também é nas curvas e rotatórias que ônibus e caminhões com tanques cheios derramam diesel. Produtos escorregadios também podem soltar-se da carga (coisas como grãos, leite ou frutas no chão significam perigo de derrapagem). Por isso, pilote sempre no modo scan, ou seja, olhando todos os pontos da via, sempre o mais distante que puder. Aprenda a prever a pilotagem. Uma boa dica é contar quantas vezes se surpreendeu no trânsito com alguma coisa que você, se estivesse 100% atento, não se surpreenderia.



8. Viajar à noite, não.



Pode ser que um dia tenhamos condições propícias para viagens noturnas. Por enquanto, não temos. Para começar, a maioria das motos não tem iluminação eficiente, embora os fabricantes já comecem a corrigir esse problema em alguns modelos de última geração. Além disso, viseira de capacete não tem limpador. Imagine-se à noite, sob chuva, com a luz dos faróis refletida na viseira molhada. A lama que os caminhões jogam na viseira também atrapalha a visão. Mas o pior de tudo é que a maior parte das rodovias brasileiras é precária e mal sinalizada, não permitindo uma viagem segura durante a noite.  Quando o sol estiver a 45 graus em relação à você, é hora de procurar um lugar para o descanso. Isso tem que ser INEGOCIÁVEL!



9. Olhe para a frente.



De tão óbvia, tal recomendação seria cômica se o motivo não fosse trágico. Muita gente se espantaria se houvesse um sensor capaz de acusar quantas vezes desviamos os olhos enquanto pilotamos. Seja para ver um outdoor, identificar uma moto diferente que passa, observar um tumulto na esquina, admirar a paisagem ou para conversar com o garupa. Uma quantidade considerável de acidentes acontece naquele exato momento em que o piloto detém os olhos no retrovisor ou em algum ponto que não seja à sua frente. E nunca, NUNCA olhe para onde você não quer que a motocicleta vá!



10. Assaltos, um perigo a mais.



Como se não bastassem todos esses cuidados e os abusos que sofremos no trânsito, agora temos mais um problema. Os assaltantes estão de olho em nossas motos, sejam elas pequenas ou grandes, nacionais ou importadas. Infelizmente, não há muito o que fazer. Reagir não é aconselhável. Acelerar para escapar é outro risco. Então, se estiver sozinho, evite locais onde os assaltantes tenham facilidade de atacar. Geralmente eles usam outra moto para abordar as vítimas. Fique atento sempre que alguma moto com dois ocupantes estiver se aproximando. Quando estacionar, procure escolher locais menos vulneráveis e use algum dispositivo anti-furto na moto.



11. Fazendo curvas.

A curva é o maior prazer da pilotagem. Para uma curva correta e segura, a atitude do piloto deve também ser correta e segura. Uma regra eficiente é a chamada DOPA, que são as letras iniciais de diminua, olhe, puxe e acelere. A curva, em realidade, começa muito antes de se entrar nela. Diminua sempre antes da curva. É muito melhor fazer uma curva em velocidade errada para menor do que para maior. Triste descobrir que entrou rápido demais quando estiver no meio dela. Olhe por toda a via atentamente, em sistema de scan. Frente imediata, frente mediata, cantos e horizonte, tudo deve ser escaneado. Puxe em contraesterço o guidão o tanto que for necessário, fazendo a motocicleta deitar. Não incomode a motocicleta, ela sabe o que fazer.  Finamente, abra a manopla do acelerador de forma suave e progressiva, ajudando a moto a sair do contraesterço. Use os freios apenas em situações que indiquem algum risco, balanceando de forma proporcional os conjuntos dianteiro e traseiro, mas se ocupe antes em levantar a moto. Seus ombros devem sempre estar perfeitamente alinhados com o guidão. Pronto. Mais uma curva correta e segura.

12. Pensamento positivo e proatividade.

Mentalize as reações corretas, pense sempre na conduta segura e abandone a arrogância. Bons pilotos não são aqueles que andam no menor tempo e sim aqueles que andam por muito tempo. O motociclismo costuma ser implacável com que não tem a atitude correta. Ninguém está livre de infortúnios, mas a atitude correta e responsável reduz os riscos da atividade a patamares aceitáveis. (adaptação: Afonso Botelho/ fontes José Ricardo Zani, Portal V Strom Brasil, Portal Big Trails)

Checklist. Porque Fazer.

O motociclismo tem alguma semelhança com a aviação. A principal é que, tanto quanto na aviação, a operação de uma motocicleta exige 100% do piloto, do equipamento e da interação do conjunto. Erros não são perdoados nem numa, nem noutra atitividade. Se você conversar com um piloto de linha aérea - normalmente alguém com tendência psicótica à segurança - ele lhe dirá que os checklists são fundamentais e devem ser feitos mesmo antes de se ligar o motor da aeronave, até depois que ele é desligado, mesmo que aquele vôo tenha sido feito um milhão de vezes por aquele mesmo piloto e pelo mesmo avião.  

A verdade é que, ao se criar o hábito de fazer os checklists, além de você mininizar riscos e evitar aborrecimentos, sua motocicleta estará sempre revisada e pronta para lhe levar aos melhores lugares, isso sem mencionar que o seu conhecimento sobre o equipamento aumenta muito.  Há checklists para todos os gostos.  Alguns altamente complexos e elaborados e outros mais enxutos. Escolha um e crie o hábito.

A Importância do ABS

Mas, lembre-se: você deve levar para uma viagem o necessário, e somente o necessário. Peso extraordinário e inútil compromete a pilotagem, o conforto e a eficiência. Você está viajando de motocicleta, portanto, aprenda a priorizar, a otimizar e a economizar. Seja minimalista! Existem coisas que levamos para nossas viagens que temos a certeza mais do que absoluta de que não usaremos. Sendo assim, faça uma análise crítica e prefira uma boa acomodação de bagagens à levar itens inúteis para passear!

O brasileiro ainda não compreendeu a real utilidade dos freios ABS (Anti-lock Braking System, sistema de freios anti-bloqueio) em motocicletas. A discussão sobre o uso deste sistema gera muita polêmica entre os aficcionados pelas duas rodas. Alguns dizem que o “bom piloto” não precisa de ABS para conseguir efetuar uma frenagem mais agressiva. Um pensamento ultrapassado, mas, infelizmente, muito comum entre os motociclistas no País.

Segundo Alfredo Guedes Jr., engenheiro da Honda, a porcentagem de motocicletas vendidas com o sistema C-ABS da marca variava entre 5% a 10% em 2009. Hoje, os modelos equipados com o sistema somam 30% das motos comercializadas pela empresa. Mas, ainda assim, de acordo com uma pesquisa feita pela Bosch, fabricante de ABS para carros e motos, atualmente menos de 2% de todas as motos vendidas no Brasil e na Argentina são equipadas com o sistema anti-travamento. Os números ainda revelam que 27% dos entrevistados (750 proprietários de motocicletas) sequer sabiam da existência de ABS para motos. Portanto, a culpa não é só do consumidor.

“Hoje, todos os nossos concessionários passam por treinamentos e testam as motocicletas, com e sem ABS. Isso ajuda a manter um melhor relacionamento com o cliente e fica mais fácil passar as informações sobre a real utilidade do sistema ABS para, assim, conscientizar os possíveis compradores. O consumidor tem que entender que não há preço para segurança”, disse Alfredo Guedes Jr. Segundo ele, a Honda está em trabalho contínuo para diminuir o preço final dos produtos equipados com o sistema.

Mesmo nos modelos de baixa cilindrada, o ABS traz mais segurança ao condutor. Na concessionária Studio Motors Kawasaki, de São Paulo, a procura pelo modelo Ninja 300 com ABS está sendo maior que a versão sem ABS. Porém, de acordo com Gustavo Araújo Henriques, vendedor da concessionária, os clientes de motocicletas de maior cilindrada (na maioria das vezes pilotos mais experientes) preferem economizar na segurança para equipar suas motos com acessórios. “A maioria dos consumidores que compram motos acima de 600cc ainda preferem a versão sem ABS, pois acham que o dispositivo encarece os modelos. Economizam na segurança, mas gastam em acessórios. Sabemos que é uma tecnologia um pouco cara, mas esse pensamento tem que mudar”, disse.

Para reafirmar sua fala, segundo a pesquisa feita pela Bosch, 40% dos pilotos freiam com menos força do que gostariam em virtude do medo de travar as rodas. Em situações de frenagens previsíveis, como exemplo uma parada em um farol, o uso do ABS realmente não será necessário. Porém, em uma situação de emergência, o sistema fará muita diferença, principalmente pelo fato de não causar o arrasto da roda traseira.

 

O objetivo dos freios ABS, tanto nas motos como nos carros, é exatamente este: frear com mais segurança e controle do veículo – sem travar as rodas – e diminuindo o espaço da frenagem, principalmente em piso molhado. “Em frenagens de emergência, a força aplicada pelo motorista no sistema de freio pode ser maior que o pneu pode suportar e, com isso, a roda trava”, explica Martin Kretzschmar, gerente de marketing da divisão Chassis Systems Control da Bosch.

 

Segundo o IIHS (Insurance Institute for Highway Security, instituto das seguradoras norte-americanas para a segurança viária), motos com ABS representam 28% a menos de acidentes fatais em cada dez mil motos registradas nos Estados Unidos. Análise do banco de dados de acidentes da Alemanha, o GIDAS (German In-Depth Accident Study), mostra que 47% dos acidentes com moto são causados por frenagem com falha ou hesitante, problemas que podem ser resolvidos pelo ABS. Diversos estudos científicos comprovam que o ABS é o sistema com mais alto potencial de segurança.

Outra pesquisa, realizada pela Administração Rodoviária da Suécia (“Vägverket”), em outubro de 2009, estima que 38% de todos os acidentes de motocicleta com feridos e 48% de todos os acidentes graves e fatais poderiam ter sido evitados com o uso do sistema. A diferença de preço entre os modelos com e sem ABS variam entre R$ 1.000 e R$ 2.000. Um custo que no fim das contas pode ser pequeno, considerando o aumento da segurança.
 

A história do dispositivo em motos é relativamente recente. A primeira motocicleta que recebeu o ABS foi a BMW K 1000, em 1988. Para termos uma ideia, somente em 2009 tivemos uma esportiva equipada de fábrica com o sistema. Para os leigos, o sistema ABS atua nos freios da moto, impedindo que a(s) roda(s) trave(m). Seu princípio de funcionamento é parecido com o de um automóvel. Pequenos discos (semelhantes ao disco de freio, porém cheios de ranhuras) instalados no cubo das rodas atuam como os sensores do ABS e realizam a “leitura” da velocidade das rodas durante a frenagem. Quando a roda está prestes a travar, os sensores enviam um sinal para a central do ABS e a mesma envia um sinal para “aliviar” a pressão aplicada no freio.

 

Atualmente, BMW, Ducati, Harley-Davidson, Honda e Kawasaki oferecem versões de quase todas as suas motocicletas com o ABS. A Yamaha tem apenas a Super Ténéré 1200 equipada com o dispositivo no Brasil. Já as motos da Suzuki que são equipadas com o sistema não chegam ao país. De acordo com a nova legislação da União Europeia, o sistema anti-travamento será obrigatório para motocicletas com mais de 125cc. A partir de 1° de janeiro de 2016, todas as motocicletas homologadas deverão sair de fábrica com o ABS. (por Roberto Brandão Filho)

Manutenção periódica: um bem necessário


Todo mundo sabe que prevenir é melhor que remediar, mas na prática nem sempre é assim que acontece. Muitas pessoas adiam a revisão da moto pensando no tempo que irá "perder" parando na oficina e, principalmente, no dinheiro que deverá gastar. É exatamente aí que se desencadeiam os problemas mais sérios e, junto com eles, os maiores prejuízos.



Ela é inevitável. Não há como fugir da boa e velha - ou nova - revisão. Independente do tempo de uso da sua moto, cedo ou tarde ela terá de se render a uma manutenção. Então, que seja preventiva! Para isso, o ideal é seguir as instruções do fabricante. Óbvio. Mas e quando a máquina já é antiga, e sabe-se lá aonde foi parar o tal do manual?



De acordo com Alessandro Santos, representante técnico do Departamento de Serviço ao Cliente da Yamaha, o próprio piloto pode fazer uma verificação visual, todos os dias, antes de sair com a motocicleta de casa. "Isso pode evitar contratempos desnecessários e até mesmo acidentes", afirma o especialista. "Verificar os pneus, o funcionamento dos faróis, das luzes de sinalização, se há algum raio solto ou quebrado, o nível do fluido de freio e óleo são algumas recomendações básicas", completa.



Na prática, detalhes fazem toda a diferença. Quando estão em dia, podem não apenas contribuir para o melhor desempenho da moto como salvar sua vida. No caso do pneu, por exemplo: com pressão baixa compromete a estabilidade, com pressão alta demais perde a eficiência da frenagem.



Outros itens de extrema importância são os faróis, as lanternas e os piscas. São eles os responsáveis por garantir não somente que você enxergue enquanto dirige, mas também que outros motoristas consigam perceber sua presença na pista, a intenção de mudar de faixa, etc.



 

Deu uma espiada na motoca e viu que o negócio é sério, né? Muita coisa para fazer, o jeito é levar para a revisão. Não tem grana? Ué, faz de graça!



Periodicamente, a ABRACICLO - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares - realiza o Moto Check Up, evento que oferece, gratuitamente, avaliação de 13 itens das motocicletas. O último aconteceu em Santos, litoral paulista, nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro deste ano. Para se informar sobre as próximas datas e locais, entre no site e programe-se:



Itens analisados no Moto Check Up:
Freio Traseiro
Relação

Freio Dianteiro
Caixa Direção
Suspensão Dianteira
Luz de Freio
Pneu Traseiro
Pneu Dianteiro
Suspensão Traseira
Lanterna
Sinaleira
Farol
Espelhos

Lembre-se!

30% dos acidentes com moto acontecem por falta de manutenção preventiva.

Para Os Novatos

“Nós somos o que fazemos todo dia. Excelência, perfeição, então, são mais do que uma simples ação, são hábitos.” Aristóteles – Grécia Antiga.


A melhor moto do mundo é sucata – ou vai ser logo, logo – a menos que você saiba como usá-la. O mais potente equipamento de alta performance que existe está bem entre as suas duas orelhas.


Para ajudar a programá-lo com as informações certas, juntamos potenciais dicas de sabedoria de experiência das ruas. Algumas você vai conhecer, outras, não. Todas valem a lembrança, valem memorizar bem.


Quando se fala em andar de moto pelas ruas, as dicas da MSF (Fundação norte-americana para a Segurança dos Motociclistas ) tem a melhor idéia:  Quanto mais você sabe, melhor para você.

 

- Moto grande não é brinquedo, não acelere até se habituar com o equipamento;

​

- Pneus novos VEM COM CERA, C U I D A D O triplicado nos primeiros 150km;

- Nunca freie o dianteiro com os 4 dedos dentro da cidade pois o risco de "alicatar" é grande e o chão é duro;



- Instale os sliders ANTES de sair da concessionária, ou logo depois;



- Não deixe a moto no cavalete lateral sem estar engatada;



- Ande sempre equipado;



- Jamais use capacete que não seja homologado pelo Inmetro para motocicletas;



- Respeite a motocicleta. Quando você perder o respeito, ela vai te jogar no chão;



- O mundo se divide entre os motociclistas que já caíram e os que ainda vão cair. Siga as regras e, quando seu dia chegar, as consequências poderão ser bem mais leves!

Cuidado com a Cera!

Imagine que você acabou de pegar uma moto 0 km, novinha, linda. Ou então trocou os pneus daquela sua companheira de longa data. A vontade é de dar uma volta com a nova aquisição. Mas cuidado, pneus novos podem derrubar qualquer piloto.



 

Vamos explicar o motivo. Quando um pneu sai da fábrica ele está coberto com uma espécie de cera. O produto é colocado para tirar o pneu do molde na hora da fabricação. Acontece que esse produto (que leva silicone em sua fórmula) é escorregadio. Já viu o que pode acontecer?



 

Um pneu novo ainda não tem a aderência de um pneu pouco rodado. Então, quando sair da oficina ou da concessionária, vá devagar. Alguns poucos quilômetros são suficientes para retirar a camada de cera do pneu. Mas nessas primeiras voltas, sua moto não agarra na pista como deveria. Boa dica é dar, ainda no pátio da CC, três voltas para um lado e três para o outro. Assim você retira boa parte da cera e evita "pagar mico".



Na internet você encontra “receitas” de como tirar a cera do pneu: lavar, lixar, passar palha de aço… se você não acredita que tomar leite com manga de noite mata, então também não deve acreditar nessas simpatias. Tudo inútil!



 

Pneu novo é ótimo, mas antes disso você precisa deixá-lo pronto. E isso se faz no asfalto, ok?



Só uma última dica. Em automóveis é comum passar o famoso “pretinho” no pneu, para deixa-lo brilhante e chamativo. Em uma moto, jamais faça isso. Esse produto é feito a base de silicone, o mesmo componente da cera que vem de fábrica. Isso vai deixar seu pneu liso e sem a aderência necessária, aumentando o risco de uma deslizada ou uma queda.

 

Segurança vem em primeiro lugar, deixe a beleza para segundo plano.

 

Os Pneus e a Segurança

1- As pressões devem ser verificadas regularmente em pneus frios. Nunca reduza a pressão do ar enquanto os pneus estiverem quentes, pois é normal que ela cresça além das pressões frias.
2- Os pneus devem ser substituídos quando suas superfícies demonstrarem sinais de desgaste, mesmo que o desgaste seja somente parcial (ex.: desgaste irregular).
3- Quando ocorrerem impactos ou furos verifique também a parte interna do pneu.
4- Cumpra o código de velocidade e o índice de carga.
5- O estilo e a velocidade da direção afetam diretamente a vida dos pneus.
6- Faça uma verificação geral de condição dos pneus regularmente.
7- Nunca estacione sobre locais com óleo, solvente, etc.; eles podem causar danos aos pneus.

Dicas de segurança
• Antes de montar o pneu, verifique o estado do aro. Aros danificados criam vibrações e reduzem a estabilidade da motocicleta.
• Monte o pneu observando a seta indicativa no sentido de rodagem.
• Após a montagem, examine o ajuste entre o aro e as bordas dos talões.
• Use sempre a pressão correta para cada tipo de pneu, o que proporciona maior vida útil, excelente capacidade de aderência ao solo e maior estabilidade da motocicleta.
• Verifique sempre a calibragem indicada pelo fabricante.
• Em caso de carga, evite o superaquecimento do pneu, aumentando a calibragem (2 lbs/in2 no dianteiro e 4 lbs/in2 no traseiro).
• Pneu novo requer uma câmara nova.
• A utilização incorreta do produto, bem como impactos violentos, podem originar fissuras internas nos pneus, que podem não ser evidenciadas de imediato.
• A vida útil do pneu depende também da boa montagem. Por isso, siga corretamente as dicas.

Frenagem Programada e de Emergência

A frenagem é o tema que mais provoca dúvidas entre motociclistas novos e até experientes justamente em função dos comandos separados e também pela delicadeza de equilíbrio no momento da frenagem. A área de contado dos pneus com o solo é muito menor nas motos em comparação com os quatro pneus dos carros. Pra complicar, quando está em linha reta, a área dos pneus em contato com asfalto é menor do quando a moto está inclinada. Em outras palavras, o momento da frenagem é o mais crítico da estabilidade de qualquer moto. Daí a preocupação mais do que justificada.



Quer mais um fator agravante? A moto se inclina em relação ao eixo vertical, enquanto os carros sem mantêm sempre paralelos em relação ao solo. Ao frear com a moto inclinada o equilíbrio fica ainda mais comprometido e exige uma delicadeza de movimento que nem todo mundo consegue alcançar.



Esses detalhes dão a dimensão do quanto é mais complexa a frenagem em motos e justifica tanta dúvida, erros e preconceitos.



Já se sabe há muito tempo que é preciso acionar sempre os dois freios da moto: dianteiro e traseiro. Mas o quanto de força e a ordem que será aplicado é um dado que varia conforme a situação.

 

 

Não é novidade que a frenagem é uma aceleração negativa e que provoca o deslocamento de massa para a dianteira. Na verdade a massa não se desloca, é o veículo que acelera para trás. Mas para facilitar o entendimento, vamos imaginar que durante a frenagem a moto ficasse mais “pesada” na parte dianteira. Por isso o freio dianteiro é maior do que o traseiro, por ser o maior responsável em parar a moto.



Só que as motos têm suspensões dianteira e traseira, com molas e amortecedores. No momento da frenagem a tendência natural é a frente afundar, comprimindo a suspensão dianteira. Como conseqüência, a traseira “levanta” expandindo a suspensão. Nessa posição é como se a frente estivesse mais “pesada” e a traseira mais “leve”. 



Com a suspensão dianteira comprimida e a traseira expandida, o pneu traseiro estará quase sem contato com o asfalto e qualquer leve toque no freio traseiro provocará o travamento da roda. Tudo isso porque o excesso de força no freio dianteiro pressionou demais a frente da moto.



Mas existe um jeito de evitar esse travamento. Basta COMEÇAR a frenagem pela roda traseira! Se o motociclista acionar primeiro o freio traseiro aquela transferência de peso para a dianteira será menor. A frente afunda menos e a traseira fica mais estável, “presa” ao solo. Aí basta acionar o dianteiro e o resultado é uma frenagem equilibrada, suave e sem travamento. Mas cuidado: é para começar pela roda traseira e uma fração de microssegundo depois acionar o dianteiro! Pense assim: traseiro-dianteiro!



Uma dica importante: se a roda traseira começar a travar durante a frenagem, solte imediatamente o pedal de freio e continue a frenagem apenas com o dianteiro.



Frenagem programada



Frenagem programada é aquela que a gente já sabe que vai usar – no semáforo, por exemplo. Em primeiro lugar é preciso identificar qual sistema de alimentação da moto. Na época dos motores a carburador recomendava-se puxar a embreagem e deixar a moto rodar em marcha lenta até parar como forma de economizar gasolina. Hoje em dia, com a injeção eletrônica é melhor deixar o motor em rotação, reduzindo as marchas porque ao cortar o acelerador o sistema bloqueia o envio de gasolina e economiza mais do que em marcha-lenta.



Mas existe outro motivo para frear reduzindo: por serem veículos que se equilibram pela ação do movimento das rodas, as motos têm características muito diferentes das dos carros. Quando o motor entra em marcha-lenta a roda motriz (traseira) fica mais “solta” girando livremente. Já com a marcha engata, mesmo em redução, a rotação do motor atua na roda traseira mantendo-a mais “presa” ao solo. Em suma, é melhor frear reduzindo as marchas delicadamente até cerca de 60 km/h e só depois acionar a embreagem de vez até parar.



ATENÇÃO: muita gente confunde esse tipo de frenagem com freio-motor. Não é isso! Em uma frenagem de emergência, aquela que o motociclista precisa parar no menor espaço possível, é preciso “matar” o motor, acionando a embreagem, e carregar toda frenagem nos freios traseiro e dianteiro (nesta ordem). Tentar reduzir durante uma frenagem de emergência aumenta os espaços de frenagem porque facilita o travamento da roda traseira.



Portanto é preciso dividir as frenagens em dois tipos: a programada, aquela que você sabe onde precisa parar, e a de emergência, aquela que você foi pego de surpresa. São situações diferentes que exigem posturas diferentes.

E quem usa moto com freio ABS combinado nem precisa se preocupar com essas pequenas diferenças, porque o sistema age por meio de microprocessadores capazes de medir a velocidade das rodas dianteira e traseira e equilibrar a distribuição de forças. Fica a dica: se for comprar uma moto nova e tiver opção de freio com ou sem ABS escolha com, porque na hora da frenagem você vai recuperar cada centavo a mais que pagou por ela!

Tá Chovendo! E agora?

Circular com chuva é muito perigoso, a condição de pilotagem pode se tornar extremamente ruim. A chuva reduz a visibilidade, causa sensação de desconforto e pode provocar derrapagens. Além disso, a água da chuva pode esconder obstáculos na pista, como buracos ou pedras. Por isso, evite andar de mota na chuva sempre que possível.

1. Evite a chuva
 

Confira a previsão do tempo e não ande de moto se houver previsão de tempo chuvoso;
 

Programe sua viagem para épocas do ano em que chove menos em seu percurso.
 

2. Proteja-se da chuva
 

Se houver possibilidade de chuva, leve contigo uma boa capa de chuva;
 

Se começar a chover muito forte, encoste a moto e espere até diminuir a intensidade da chuva;
 

Mantenha uma velocidade segura e não abuse nas curvas;
 

Não tente atravessar rios ou enxurradas em que o nível da água ultrapasse a metade do motor, alcance a saída do escapamento ou a entrada do filtro de ar.

Cuidado com a primeira chuva, pois ela faz subir para a superfície toda a impureza do asfalto, principalmente, o óleo impregnado no asfalto, que é mais leve do que a água. Encoste e deixe a chuva lavar um pouco a pista.
 

3. Limpe-se após a chuva
 

Quando a chuva terminar, tire a roupa molhada, tome um bom banho e vista roupas secas;
 

Quando parar, ou quando possível, lave bem sua motocicleta para evitar que a sujeira fique impregnada principalmente no motor e no escapamento.
 

Outra dica importante durante viagens é observar os carros que estão vindo em nossa direção, se eles estiverem com o limpador de parabrisa acionado é sinal que está chovendo logo à frente, é o momento certo de parar a motocicleta e vestir a roupa impermeável.

Com estas dicas os pilotos estarão um pouco mais seguros ao circularem em períodos chuvosos.

Veja os Erros Frequentes de Cada Manobra e os Números Relacionados

Colaboração: Otávio Corrêa

 

1.QUEDA AO ENTRAR NA CURVA





Erros mais frequentes:



-  calcular errado a velocidade para se fazer a curva e chegar rápido demais;
-  notar tarde demais que a curva fecha o ângulo depois de iniciada;
-  iniciar a curva sem fazer o traçado correto;
-  frear dentro da curva e travar as rodas.



Os números:



60% dos acidentes mortais na estrada são causados por queda ou saída da pista.
52% dos motociclistas que caem nas estradas são mortos pelo guard rail.
52% dos acidentes acontecem em estradas secundárias durante o dia. Destes, 90% são em dias chuvosos.

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