Pneus Anakee III
Na época da DL 650 usei um jogo de pneus Anakee II em substituição aos originais. As impressões colhidas nos relatos dos diversos fóruns de que participo me convenceram. Realmente, os pneus eram fantásticos. Muito macios e com uma "pega" excepcional. Não pude testar a vida útil, porque vendi a moto com os pneus ainda novos. A Michelin lançou recentemente os Anakee III, que parecem ser também muito bons. Embora sejam considerados a evolução dos anteriores, são pneus totalmente diferentes. Será minha opção em breve, já que os originais daqui a pouco precisam ser substituídos.
Cruise Control
Esse é um acessório que divide as opiniões. Alguns acham importante, outros não. E há aqueles que pensam que o cruise manual (apoio palmar) resolve bem. De fato, não vejo muita utilidade no Brasil (do Sudeste para cima, esquece!). Mas para viagens que incluam Argentina, aí a coisa muda de figura. A reta que liga Corrientes a Salta, por exemplo, tem 500 km! Não imagino um trecho desses, de ótima pista sem trânsito, sem o equipo. Há vários no mercado, de vários preços. E não tem muito jeito: o que é bom é caro. Esse da Wunderlich é a minha escolha...
Big Foot
Longe de ser uma unanimidade, essa base ampliada para o cavalete lateral vem tendo a sua utilidade discutida. Se você é off road, talvez seja a hora de encomendar um para a sua moto. Mas se você viaja muito em estradas pavimentadas - que é o meu caso - o custo benefício é alto demais. Há diversos relatos onde se lê que a base bate no chassis da moto e raspa no chão, nas curvas mais fechadas. Guardar o dinheiro para investir em algo mais útil talvez seja a solução mais racional. O link para esse equipo está na subpágina pilot´s stuff, na seção equipment.
Bicos Curvos
Se você usa side cases ou alforges e tem por hábito calibrar os pneus, sabe da manobra que é fixar a mangueira de calibragem nos bicos. A tarefa fica complexa e desconfortável. Esses bicos 90 graus são baratinhos e ajudam muito. A vantagem de alguns modelos é que não é preciso desmontar as rodas ou os pneus para instalar.
Trato na Gorda
Depois de curtir uma ótima viagem de motocicleta, seja nas estradas pavimentadas ou em regiões de terra e lama, chega o sagrado momento de dar um belo trato na companheira das aventuras. Use a moto sem dó nem piedade... mas na volta, retribua os momentos especiais com um belo Dia de Princesa.
Se você é daqueles que prefere entregar sua moto num lava jatos desses por aí, para qualquer um colocar a mão nela, então nem continue lendo. Mas se o seu amor é verdadeiro e você trata sua moto como sua amiga de todas as horas, então vão dicas bem legais, para evitar qualquer tipo de maltrato involuntário ao equipamento.
O primeiro passo é encontrar um lugar tranqüilo e com sombra, para que o sol não incomode nem a moto, nem o dono. Em seguida, preparar o kit de lavagem, composto por balde, querosene, pincel, panos limpos e macios, xampu e água limpa, claro. É preciso utilizar xampu neutro e água em temperatura ambiente e com baixa pressão para não danificar componentes da moto. Essa é a primeira regra básica. Nada de usar detergente, sabão em pó e outras porcarias.
O jato de água deve ser apenas moderado. A alta pressão pode estragar a pintura, as faixas e adesivos, além de tirar as graxas dos rolamentos da coluna de direção e da articulação da suspensão traseira. Evite também lavar a moto com o motor quente — não que isso estrague a máquina (isso é lenda urbana, senão, moto não poderia andar na chuva, não é mesmo?), mas para se livrar do cheiro ruim de vapor expelido.
Na sequência, depois de ter molhado a motocicleta com cuidado, pincele querosene para remover os resíduos de óleo e graxa nas áreas do motor, carburador, escapamento, rodas, cavalete lateral e por baixo dos pára-lamas. Enxague novamente. Mas aqui, cuidado: querosene nas borrachas e plásticos não!
Minha moto tem eixo cardã, portanto, estão dispensados cuidados com a corrente. Mas quem tem moto com este tipo de transmissão, deve se ocupar em limpá-la e lubrificá-la. Observe que a melhor forma de limpar a corrente é usando o pincel embebido em querosene. Coloque a moto no cavalete central e pela parte traseira, próximo à transmissão, encoste o pincel com a moto em neutro. Vá girando a roda enquanto o pincel trabalha.
O próximo passo é lavar o tanque, assento, tampas laterais e pára-lamas com o xampu neutro. Use um pano macio; uma camiseta velha por exemplo. Evite concentrar o jato d’água em regiões como os cubos das rodas, interruptores, freios, painel de instrumentos, saída do escapamento e corrente de transmissão para não danificar as peças.
Moto não é como carro. Uma lavagem mal feita pode ocasionar o ofuscamento das partes cromadas, por exemplo. Tem gente que utiliza produtos do dia-a-dia ao lavar a moto e, sem querer, acaba riscando o veículo. Em casa, leva-se pelo menos duas horas para lavar a moto.
Após a lavagem, lubrifique a corrente de transmissão e os cabos do acelerador e da embreagem. Usava o Chain Lube da Motul, que reputo excelente. Ligue o motor e deixe-o funcionar por alguns minutos. Ao dar uma voltinha, tome cuidado com as primeiras frenagens, pois a eficiência dos freios não é a mesma quando estão molhados e frios. Não dispenso cera 3m para o acabamento e limpa vidros com papel toalha. Após tudo isso, WD-40 para os parafusos e demais metais e dobradiças.
Quando termino, a impressão que tenho é que ela fica muito agradecida pelo carinho. E me leva para as nossas aventuras sabendo que quando chegarmos, tem mais carinho à sua espera.
Entenda a Luz Espia da Injeção Eletrônica
Quando a Luz Espia da Injeção Eletrônica permanece sempre acessa, ou quando pisca sem parar, é sinal de que algo vai mal na motocicleta. Todo o sistema eletrônico da motocicleta é verificado assim que a chave de ignição da motocicleta é acionada para a posição "ON", deste modo, a luz de advertência será acionada em caso de existência de falhas ou avarias. Alguns modelos de motocicletas possuem um sistema de auto diagnóstico que, além de avisar que algo vai mal, ainda é capaz de indicar qual é a possível fonte do problema.
Até mesmo a própria luz espia possui uma verificação de funcionamento. Todas as vezes em que a chave de ignição passa para a posição "ON" a luz espia deve acender por alguns segundos e apagar, mostrando seu bom funcionamento. Se a luz não acender significa que ela própria está com problemas, talvez esteja queimada.
Além de apontar um defeito, o sistema eletrônico da ECU (módulo que controla a injeção) também tenta corrigir, garantindo que o veículo continue seu funcionamento, mesmo que seja necessário aumentar o consumo ou reduzir a vida útil dos componentes. Por exemplo, se houve falha em algum sensor, é admitido um valor padrão de entrada e o motor continua funcionando, mesmo que isso resulte em aumento do consumo de combustível ou mal funcionamento do motor. Desta forma, o motor permanece em funcionamento para que o piloto encontre um local seguro para estacionar. Quando a luz alertar sobre anomalias na injeção, procure estacionar em local seguro e desligue o veículo, aguarde alguns minutos e funcione novamente - pode acontecer de simplesmente voltar ao normal -. Se o alerta persistir, leve a motocicleta até uma concessionária autorizada para tentar identificar o possível problema.
Com o uso da Ferramenta de Diagnóstico da Injeção é possível testar os componentes da injeção e identificar problemas. Esta ferramenta é muito útil para identificar avarias no sistema, pois permite ler a memória interna da ECU em busca do histórico de falhas, identificando problemas já ocorridos mesmo que a luz espia esteja, no momento, indicado perfeito funcionamento.
Garanta o bom funcionamento do sistema de injeção eletrônico de sua motocicleta abastecendo sempre com gasolina de procedência e, de tempos em tempos, faça uso de aditivos de gasolina recomendados para limpeza do sistema, inclusive dos bicos injetores. Além disso, evite rodar na reserva pois a bomba de combustível é refrigerada pelo próprio combustível.
Para maiores informações consulte o manual do proprietário de sua motocicleta. (fonte - Motokando.com)